sábado, 17 de maio de 2008

*MAC POA

Fernando Maia -
estudante de arquitetura da Uniritter

O objetivo era projetar uma edificação diferenciada e qualificada para abrigar um museu moderno e que fizesse jus ao dinamismo e ao impacto das vanguardas de arte. Em contraponto este deveria se estabelecer sem concorrência com as próprias obras.


O desafio era o contexto do terreno. Suas dimensões e declive eram condicionantes fundamentais, mas o verdadeiro desafio era preservar a integridade de um elemento símbolo do bairro, que carrega consigo a imponência e o misticismo dos grandes templos. Entretanto, o projeto não poderia se submeter à igreja. Diante disto concluí que talvez a solução fosse a criação de um volume que limpasse o máximo possível o visual da igreja. Era necessário, portanto, que a edificação se afirmasse a partir da contravenção, tanto das formas quanto da solução estrutural. Baseado nisto procurei ir além: subverter o próprio tectonismo do volume. Esse caminho, eu confesso, que apesar de ter expandido as possibilidades e de ter alimentado a criatividade, foi um caminho muito complicado, no qual foi necessário ser minucioso no que se refere às questões técnicas e funcionais de um programa muito extenso e até então desconhecido. A maior dificuldade foi comportar, de modo funcional e racional, os espaços e ambientes dentro de uma forma totalmente atípica, totalmente nova. Esta foi a busca mais desgastante - a relação da forma x funcionalidade. Do lançamento ao projeto foram necessários inúmeros ajustes para se obter um volume puro e forte, afinal seria tolice buscar formas rebuscadas aos pés de um edifício como a igreja das dores.


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